23/03/10

Narcóticos


As drogas são químicos ou substâncias que alteram a forma como os nossos corpos funcionam. Assim que entram na corrente sanguínea são transportadas a várias partes do corpo, tais como o cérebro, onde podem actuar, conferindo ao consumidor sensações de elevado prazer ou inibindo os sentidos. Apesar de vários tipos de drogas poderem ser usadas com fins terapêuticos, tal como a morfina, um analgésico, podem também ter efeitos devastadores nas pessoas que as consomem.

O facto mais alarmante é que, actualmente, verifica-se que a grande maioria das pessoas inicia o consumo de drogas leves (álcool e tabaco) entre os 12 e os 13 anos de idade, provavelmente devido à facilidade com que estes podem ser obtidos. Crê-se que o consumo prematuro destas substâncias leva, numa fase mais avançada da adolescência, ao consumo de drogas ilegais, tais como a haxixe, mantendo-se, no entanto, o consumo de álcool e tabaco.

Os adolescentes que consomem estupefacientes caracterizam-se por serem jovens com elevados níveis de stress, baixo rendimento escolar e reduzido apoio por parte dos pais, podendo até envolver-se com frequência em cenas de violência e outros comportamentos de risco, como, por exemplo, relações sexuais desprotegidas.

Acredita-se, também, que o consumo de narcóticos poderá estar relacionado com causas biológicas, tal como a existência de familiares com historial de abuso de drogas leves e/ou drogas ilegais, predisposição genética ou relacionamento com grupos ou indivíduos que consumam.

No entanto, o mais correcto (e mais saudável) é mesmo recusar o consumo de drogas, afirmando a nossa personalidade individual através do autocontrole, promovendo assim o desenvolvimento da maturidade necessária para enfrentar esta fase da vida, pela qual todos passam.

O Poder da Música

A priori a música não passa de uma sequência ordenada de sons. Contudo, o poder que possui para provocar reacções emocionais nos seres humanos - desde a depressão ao êxtase - é tal, que se converteu numa prodigiosa linguagem de notas e ritmos que, inevitavelmente, faz parte da nossa natureza humana.

Ouvir melodias agradáveis não só modifica o nosso estado de espírito como pode exercer uma influência muito positiva no desenvolvimento cognitivo humano, no estimular da nossa inteligência e até na saúde. Podemos mesmo afirmar que a base do nosso comportamento emocional é a capacidade de resposta a situações que, de algum modo, nos surpreendem. Quando a música nos surpreende com mudanças que não correspondem ao que esperávamos, dá origem a uma reacção emocional.

Está cientificamente provado que as melodias lentas e de cadência descendentes geram nos que as ouvem sensações de tristeza, enquanto as cadências ascendentes produzem sentimentos estimulantes. Assim, a conjunção destes efeitos está concatenada à cascata de emoções que se proliferam no cérebro humano.

Não são poucos os centros que recorrem à musicoterapia para estimular pessoas incapacitadas, crianças com atrasos de desenvolvimento ou doentes com paralisia devido a um derrame cerebral. Embora, em muitos casos, a melhoria da qualidade de vida destas pessoas seja evidente, ainda se está longe de compreender, do ponto de vista médico e biológico, qual a relação entre a música e o processo de recuperação.